quarta-feira, 4 de março de 2009

Créativité?

Frank Gehry Sketch - Guggenheim Bilbao

Criatividade
Até onde uma obra arquitetônica é criativa? Quais são os fundamentos que fazem dela realmente importante pra arte, por local, pra própria vida? Num debate muito esclarecedor, ontem a noite, na universidade, discutimos estes conceitos, apoiados em leituras acerca do conhecimento, e mesmo utilizando os conceitos adquiridos nas percepções cotidianas pessoais.

Três são os pontos-chave que podem nos ajudar a valorar de uma forma mais correta a criatividade, a seguir, um pouco sobre eles.

Inovação
A novidade é identificada por nós como algo que foge do normal, uma discrepância daquilo que nossos olhos estão acostumados a vislumbrar, ao mesmo tempo que, o novo é fruto de estudos de conceitos pré-existentes, algo revolucionário, em resumo, uma síntese de antigo, a transformação e conjunção de conceitos comuns e existentes, propondo um novo olhar.

Abrangência
Um edifício nunca está sozinho, ele deve relacionar-se com o sítio onde é locado, com os outros edifícios, respeitando o local onde se insere, sua história, seus expectadores, seus viventes, as relações existentes antes da sua construção, sendo criativo na demonstração de sua personalidade, na volumetria, indicando sinais das suas funções dentro dele, e mesmo, da cidade.

Adequação
A maximização dos resultados, um arquiteto criativo é aquele que consegue aliar técnica ao seus desejos volumétricos, a obra deve efetivamente funcionar praquilo que foi pensada, resoluções de problemas de conforto, de um uso inteligente e mesmo surpreendente, inteligência na funcionalidade.

Algumas obras foram apresentadas para ilustrar essa situação, a mais clichê, mas a mais fácil de ser entendida é o batido Museu Guggenheim de Bilbao, na Espanha.


O edifício e o rio

Esculturas externas

Galeria exposicional

Inserção Local

Bilbao, cidade portuária do norte espanhol, que viu na inserção do museu, uma forma de regenerar uma grande área degradada, ao longo do principal rio da cidade. pode-se dizer que ele é a maior das obras de arte dali, sendo portanto, um grande exemplo de criatividade. Frank Gehry inovou quando leu a cidade e buscou nas suas origens a forma orgânica da trama urbana e, a cobertura de titânio, lembram escamas de peixes, ítem tão presente na cultura espanhola, relações com a água, o mar. Uma volumetria inimaginável, surpreendente, que fixa o olhar de qualquer um que o aviste. Uma liguagem nova de arquitetura que inspira outros arquitetos, que quebra os padrões e estabelece novos parâmetros de tecnologia, que diz à cidade para que veio, tendo muita personalidade, e que mesmo assim, não deixa de ser competente na função, na organização, na qualidade dos espaços expositivos, principal ítem de um museu.

2 comentários:

Anônimo disse...

mto bom o post. e o mais importante, ao meu ver, é a interação humana com o espaço criado...o trabalho dos arquitetos é fantástico. super admiro...

Unknown disse...

Olá!
É incrível como um blog fantástico como o seu, tenha tão poucos comentários. Percebo que a grande maioria dos brasileiros não deixa comentários, ao contrário dos espanhóis que adoram do this. Seu blog é digno de muitos coments. BOM ENCONTRAR UM BLOG DE CURITIBA.
Espero sua visita.