quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

L'art c'est vous!

O movimento de Victor Vasarely


A arte cinética, "kinetic art", ou ainda "Op arT" sempre foi o meu gênero artístico favorito, como o próprio termo sugere, ela é a arte do movimento, da ilusão de ótica, uma arte que considero viva e mutável, como se fosse um reflexo de nós mesmos, a inconstância humana acaba sendo a própria obra de arte, onde a relação entre objeto e expectador é corrompida, onde não se sabe, ou se confunde, quem observa o quê. A história cinética começou a ser traçada ainda no século XIX, quando os artistas, em meio a tantas revoluções tecnicistas e invencionismo industriais, começam a se preocupar em retratar o movimento em suas obras de arte. Usando geometrias, cores, sombras, sobreposições e grandes objetos reflexivos, esses artistas são sempre contemporâneos, tornam-se atemporais, pois os olhares das pessoas muda ao longo do tempo, e a própria cidade, contida na obra, também. A renovação da percepção faz do cinetismo uma arte que transcende o tempo e está mais em voga que nunca. Essa terceira e mutável dimensão criada a mais de um século está presente em grandes obras arquitetônicas, camaleônicas e surpreendentes que se inspiram no entorno, nas pessoas, nos olhares e se moldam pra eles e por eles.

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Meu favorito - Jésus-Raphael Soto com suas chuvas e prismas inexistentes



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O indiano Anish Kapoor no seu Cloud Gate - Millennium Park, Chicago



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Marcel Duchamp - Rotoreliefs

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Marissa Grondin - Wind Assisted Project


"And you? Are you breathing?